Às seis horas da manhã, começam a chegar os
primeiros comerciantes de um ponto popular da cidade, o mercado do
"VUCO-VUCO". Os clientes costumam chegar cedo para negociar os
produtos e o movimento que se intensifica ao longo do dia mostra que no local
não faltam oportunidades para negociar.
Afinal, a variedade de produtos é enorme. Desde roupas, passando por artigos eletroeletrônicos, até por ferramentas usadas, de tudo se encontra nesse mercado popular que ganhou o apelido de VUCO-VUCO por causa da tradição dos comerciantes do local de realizarem troca, compra e venda de objetos usados.
Mas, hoje a realidade do "VUCO-VUCO" já está bem diferente de uma década atrás, quando o recebimento de usados era o forte do ponto comercial. Agora, muitos comerciantes atuam em atividades de venda de produtos novos, de objetos importados de países como Paraguai e de artigos produzidos em grandes centros do país.
A maioria dos boxes comerciais - e dos comerciantes - aposta na variedade dos aparelhos celulares, procura garantida de uma clientela que pode negociar o aparelho velho e levar o novo.
"Meu esposo vendia motos, mas mudou para a venda de celulares, baterias e acessórios por perceber que é melhor, atrai mais a clientela", explica Suyanne Dayanne Rodrigues, que trabalha com o esposo no VUCO-VUCO há mais de dez anos.
Quem permanece com o mesmo tipo de negócio é Francisco Lionel da Silva, conhecido no VUCO-VUCO por Lino Peças. Há 20 anos, ele trabalha com a venda de peças e utensílios variados, desde ferramentas, cordas, apetrechos de couro para os que trabalham no campo e muitas coisas mais. Se tem um ponto que faz jus à afirmação de que no VUCO-VUCO tem de tudo é, certamente, o comércio de seu Lino. Chama a atenção como num espaço tão pequeno pode ter tantas miudezas. Quando perguntado sobre artigos difíceis de encontrar em outros estabelecimentos comerciais, seu Lino mostra algo interessante: correias para chinelas havaianas.
“Se quebrar a correia, pode vir aqui só comprar a correia nova e economizar", explica o vendedor.
A maioria dos produtos seu Lino adquire nas viagens que faz a grande feira de Caruaru, em Pernambuco, que possui artigos muito usados na cultura nordestina.
Outro que aposta num tipo diferente de comércio é seu Dimas Cícero da Silva. Ele negocia com ferramentas usadas, numa banca montada do lado de fora do mercado.
"Vendia feijão verde e um dia, vindo aqui, vi que tinha procura por ferramentas usadas como martelos, espátulas de pedreiro entre outros. Hoje é meu ganha-pão", ressalta Dimas.
Barba, cabelo e bigode
Num cantinho em meio a boxes de produtos diversos está o estabelecimento de seu Raimundo Nonato, barbeiro antigo do VUCO-VUCO, do tempo em que uma barba completa era feita a navalha, num trabalho quase artesanal. Ao lado do colega Antônio Souza, conhecido por Ceará, seu Raimundo relembra que já teve uma clientela bem maior, que freqüentava a barbearia.
"Tem diminuído com o passar dos anos, mas ainda há clientes fiéis, antigos que sempre nos procuram", explica Raimundo
O começo no "Buraco do Tatu"
A feira do VUCO-VUCO tem importância do ponto de vista social, econômico e cultural. O gerente de Comércio e Turismo do município, Sílvio Mendes, ressalta que a cidade já se acostumou a recorrer àquele mercado para buscar miudezas, fazer trocas e adquirir produtos que já não se encontram com facilidade em outros comércios, como é o caso de discos de vinil, vitrolas entre outros.
"É um local muito importante para os pequenos comerciantes que vivem do comércio de produtos variados e para a população que pode recorrer àquele local pra comprar objetos com preços muito populares", ressalta o gerente.
Sílvio Mendes também relembra um pouco da história e do surgimento do VUCO-VUCO a partir de registros feitos pelo professor Almir Nogueira.
Segundo os registros históricos, o VUCO-VUCO teve sua origem no local conhecido como Buraco do Tatu, de propriedade de Antônio Mota da Silva quando ele montou sua barraca em janeiro de 1960 e atraiu uma feira livre para o local. Depois o VUCO-VUCO foi levado para a Praça Ulrick Graff, na Avenida Rio Branco, vizinho à Estação das Artes Eliseu Ventania. Depois, mudou-se em definitivo para o Largo do Chaveiro em homenagem a MANOEL ESTEVÃO DE BARROS, conhecido por Manoel Chaveiro (1896 – 30/11/1976) , na Avenida Rio Branco.
“O VUCO-VUCO é um dos símbolos da cultura popular em nosso município. Todas as classes sociais, pequenos comerciantes, vendedores ambulantes, médicos, advogados, professores e outros ali se dirigem pra comprar ou vender alguma coisa. Nesse espaço popular é possível encontrar de tudo um pouco", afirma Almir Nogueira
Afinal, a variedade de produtos é enorme. Desde roupas, passando por artigos eletroeletrônicos, até por ferramentas usadas, de tudo se encontra nesse mercado popular que ganhou o apelido de VUCO-VUCO por causa da tradição dos comerciantes do local de realizarem troca, compra e venda de objetos usados.
Mas, hoje a realidade do "VUCO-VUCO" já está bem diferente de uma década atrás, quando o recebimento de usados era o forte do ponto comercial. Agora, muitos comerciantes atuam em atividades de venda de produtos novos, de objetos importados de países como Paraguai e de artigos produzidos em grandes centros do país.
A maioria dos boxes comerciais - e dos comerciantes - aposta na variedade dos aparelhos celulares, procura garantida de uma clientela que pode negociar o aparelho velho e levar o novo.
"Meu esposo vendia motos, mas mudou para a venda de celulares, baterias e acessórios por perceber que é melhor, atrai mais a clientela", explica Suyanne Dayanne Rodrigues, que trabalha com o esposo no VUCO-VUCO há mais de dez anos.
Quem permanece com o mesmo tipo de negócio é Francisco Lionel da Silva, conhecido no VUCO-VUCO por Lino Peças. Há 20 anos, ele trabalha com a venda de peças e utensílios variados, desde ferramentas, cordas, apetrechos de couro para os que trabalham no campo e muitas coisas mais. Se tem um ponto que faz jus à afirmação de que no VUCO-VUCO tem de tudo é, certamente, o comércio de seu Lino. Chama a atenção como num espaço tão pequeno pode ter tantas miudezas. Quando perguntado sobre artigos difíceis de encontrar em outros estabelecimentos comerciais, seu Lino mostra algo interessante: correias para chinelas havaianas.
“Se quebrar a correia, pode vir aqui só comprar a correia nova e economizar", explica o vendedor.
A maioria dos produtos seu Lino adquire nas viagens que faz a grande feira de Caruaru, em Pernambuco, que possui artigos muito usados na cultura nordestina.
Outro que aposta num tipo diferente de comércio é seu Dimas Cícero da Silva. Ele negocia com ferramentas usadas, numa banca montada do lado de fora do mercado.
"Vendia feijão verde e um dia, vindo aqui, vi que tinha procura por ferramentas usadas como martelos, espátulas de pedreiro entre outros. Hoje é meu ganha-pão", ressalta Dimas.
Barba, cabelo e bigode
Num cantinho em meio a boxes de produtos diversos está o estabelecimento de seu Raimundo Nonato, barbeiro antigo do VUCO-VUCO, do tempo em que uma barba completa era feita a navalha, num trabalho quase artesanal. Ao lado do colega Antônio Souza, conhecido por Ceará, seu Raimundo relembra que já teve uma clientela bem maior, que freqüentava a barbearia.
"Tem diminuído com o passar dos anos, mas ainda há clientes fiéis, antigos que sempre nos procuram", explica Raimundo
O começo no "Buraco do Tatu"
A feira do VUCO-VUCO tem importância do ponto de vista social, econômico e cultural. O gerente de Comércio e Turismo do município, Sílvio Mendes, ressalta que a cidade já se acostumou a recorrer àquele mercado para buscar miudezas, fazer trocas e adquirir produtos que já não se encontram com facilidade em outros comércios, como é o caso de discos de vinil, vitrolas entre outros.
"É um local muito importante para os pequenos comerciantes que vivem do comércio de produtos variados e para a população que pode recorrer àquele local pra comprar objetos com preços muito populares", ressalta o gerente.
Sílvio Mendes também relembra um pouco da história e do surgimento do VUCO-VUCO a partir de registros feitos pelo professor Almir Nogueira.
Segundo os registros históricos, o VUCO-VUCO teve sua origem no local conhecido como Buraco do Tatu, de propriedade de Antônio Mota da Silva quando ele montou sua barraca em janeiro de 1960 e atraiu uma feira livre para o local. Depois o VUCO-VUCO foi levado para a Praça Ulrick Graff, na Avenida Rio Branco, vizinho à Estação das Artes Eliseu Ventania. Depois, mudou-se em definitivo para o Largo do Chaveiro em homenagem a MANOEL ESTEVÃO DE BARROS, conhecido por Manoel Chaveiro (1896 – 30/11/1976) , na Avenida Rio Branco.
“O VUCO-VUCO é um dos símbolos da cultura popular em nosso município. Todas as classes sociais, pequenos comerciantes, vendedores ambulantes, médicos, advogados, professores e outros ali se dirigem pra comprar ou vender alguma coisa. Nesse espaço popular é possível encontrar de tudo um pouco", afirma Almir Nogueira